A Nova Tradução e a Doutrina dos Santos dos Úlitmos Dias

Scott H. Faulring, Kent P. Jackson, and Robert J. Matthews

Scott H. Faulring, Kent P. Jackson, e Robert J. Matthews, redatores, Joseph Smith's New Translation of the Bible: Original Manuscripts [A Nova Tradução da Biblia de Joseph Smith: Manuscritos Originais] (Provo, Utah: Religious Studies Center, Brigham Young University, 2004) 17-25.

De acordo com o Livro de Mórmon, no início a Bíblia continha a plenitude do evangelho de forma doutrinária muito clara. Mas logo após os tempos dos profetas do Velho Testamento, bem como depois da era do Novo Testamento, houve mudanças na Bíblia até tal ponto que já não continha a palavra revelada na sua plenitude e clareza originais (vide 1 Néfi 13:24-29). O problema que enfrentamos hoje em dia não consiste na falta de poder traduzir línguas antigas, e sim na falta de manuscritos originais, ou pelo menos documentos completos e adequados. A grande perda de verdades do evangelho que resultou da retirada de “coisas claras e preciosas” da Bíblia (1 Néfi 13:28) coincidiu com a apostasia universal, de forma que há séculos que no mundo não se veem nem uma Bíblia adequada nem uma igreja que ensine a plenitude do evangelho. Uma parte fundamental e inicial da restauração da Igreja do Senhor à terra foi o fato do Profeta Joseph Smith ter recebido o mandamento de fazer uma tradução revelada da Bíblia, uma que visasse restaurar textos perdidos bem como ensinamentos perdidos e contribuisse à base doutrinária de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

A Nova Tradução da Bíblia de Joseph Smith não tem recebido a atenção que merece e não tem sido reconhecida por sua contribuição importante com relação às escrituras e à doutrina dos Santos dos Últimos Dias. A tradução tem sido negligenciada e até ignorada por alguns eruditos e historiadores das escrituras SUD. Talvez haja dois motivos por isso: (1) Devido ao fato da tradução de Joseph Smith (TJS) se tratar de um livro já existente, a Bíblia, os historiadores da Igreja não têm percebido sua conexão à revelação dos últimos dias, nem às escrituras e eventos da história da Igreja. Por outro lado, (2) já que a TJS não é uma tradução tradicional de Bíblia, como as outras, até alguns pesquisadores SUD que se aprofundaram no estudo da Bíblia não a consideram nem uma tradução nem um documento sério acerca da Bíblia, de modo que a TJS, até certo ponto, foi relegada à categoria incorreta de cidadão de segunda classe na hierarquia dos estudos SUD. Por exemplo, uma apuração que se fez em 1994 de todos os livros arquivados na Biblioteca Harold B. Lee da Universidade de Brgham Young sob a categoria de Doutrina e Convênios revelou que, embora houvesse muitas publicações que tratam da origem, história e conteúdo do livro de Doutrina e Convênios, poucas fazem menção da TJS, e de fato, somente um autor apresenta uma palestra clara do papel da TJS como fator influente no conteúdo do livro de Doutrina e Convênios e portanto na doutrina da Igreja. Este resultado foi surpreendente porque no próprio livro de Doutrina e Convênios se refere muitas vezes à tradução da Bíblia e há pelo menos trinta e seis referências a tal traducão na History of the Church [História da Igreja]. [1]

A Bíblia, apesar das deficiências, é, mesmo assim, um registro maravilhoso dos tratos de Deus com a família humana e é o único volume de escrituras que conserva os relatos do ministério mortal de Jesus. Porém, o Profeta Joseph Smith, ainda na sua juventude, descobriu que a Bíblia era tão incerta no que diz respeito a alguns assuntos importantes de doutrina que criava confusão em vez de oferecer respostas claras. Sua experiência lhe ensinou que “os religiosos das diferentes seitas interpretavam as mesmas passagens de escritura de maneiras tão diferentes, que destruíam toda a confiança na solução do problema através de uma consulta à Bíblia” (JS—H 1:12). Nestas condições ele foi impelido a orar, pedindo informações, o que resultou na Primeira Visão que lhe proporcionou informações por meio de revelação nova. Joseph Smith também notou que o anjo Morôni citou as várias passagens bíblicas “com variações” em comparação com a forma em que elas apareciam na Bíblia (JS—H 1:36; vide 1:37-40). Tais experiências, mesmo quando ele era ainda jovem, lhe ensinaram que a Bíblia do século dezenove era uma guia insuficiente a não ser que houvesse mais revelações.

Uma Fonte Primária de Doutrina

Já se disse muito a respeito de quão importante são os documentos originais para um estudo maior da Bíblia. As fontes originais da Tradução de Joseph Smith não são menos importantes. Sem examinar os manuscritos originais preparados pelo Profeta Joseph Smith e seus escrivões, pode-se negligenciar o fato de que o propósito real da TJS é o de servir de fonte primária de doutrina e o de fortalcecer o papel da Bíblia como testemunha do Senhor Jesus Cristo e de seu evangelho. Ao ler as passgens publicadas na Nova Tradução—inclusive o Livro de Moisés e Joseph Smith—Mateus, os quais se encontram na Pérola de Grande Valor—nota-se com frequência como a TJS e o livro de Doutrina e Convênios são tão semelhantes quanto à linguagem da doutrina dos dois. Baseando-se somente nos documentos publicados, é, de modo geral, quase impossível determinar qual dos dois (TJS e Doutrina e Convênios) se originou primeiro. Ouve-se falar, às vezes, que Joseph Smith “amormonizou a Bíblia,” isso é, que ele a “corrigiu” do ponto de vista do que ele já sabia sobre o evangelho para fazê-la conformar aos ensinamentos SUD. Um escritor eminente da Igreja, William E. Berrett, promoveu esta ideia num manual que se usou por muitos anos no Sistema Educacional da Igreja. Ao explicar a TJS, ele disse que “a revisão se limitou àquelas partes da Bíblia sobre as quais já se receberam revelações divinas.” [2] O Dr. Berrett foi um dos poucos daqueles dias a mencionar a TJS nos seus escritos, mas infelizmente ele não tinha acesso aos manuscritos originais.

Quando a oportunidade surgiu em 1968 para Robert J. Matthews examinar os manuscritos originais dos manuscritos da TJS nos arquivos da Igreja Reorganizada de Jesus Critos dos Santos dos Últimos Dias (que passou a se chamar Comunidade de Cristo), foi com o apoio e ímpeto do Dr. Berrett que ele pôde ir a Independência, Estado de Missouri, e fazer a pesquisa. Naquela ocasião, o único propósito na sua mente era o de comparar as edições publicadas pela igreja “reorganizada” da chamada Versão Inspirada com os manuscritos originais para determinar se as edições publicadas estavam certas. Este foi um estudo proveitoso que levou muitas semanas de esforço diligente. Ele ficou contente em saber que de modo geral a edição da igreja RSUD reflete corretamente o texto dos manuscritos, com exceção de algumas correções que ainda não foram feitas. Examinar os originais durante muitos meses foi uma experiência inspiradora. Este trabalho foi significativo porque antes disso a Igreja RSUD não havia disponibilizado os manuscritos a fim de fazer pesquisas e nenhum Santo dos Últimos Dias havia os visto nem manuseado havia mais de um século.

A história pode ter terminado por aí quando o Irmão Matthews completou sua comparação dos documentos com a Versão Inspirada, porém os manuscritos contêm várias datas de composição e aindo mostram mudanças frequentes de letra que indicam mudanças de escrivão. Devido às datas, tornou-se possível determinar quando certas partes da TJS foram escritas e compará-las as datas em que foram escritos estes trechos da TJS com várias revelações publicadas no livro de Doutrina e Convênios, algo que não se podia acertar sem um estudo apurado dos manuscritos originais. Os documentos revelam que em muitos casos a revelação de doutrina ocorreu mais cedo na TJS do que em Doutrina e Convênios. Este fato notável abre o caminho para a pesquisa cronológica da TJS e nos permite observar que muitas vezes a TJS foi a fonte, e não simplesmente beneficiária, da doutrina SUD. Quando se coloca esta perspectiva no lugar, abre-se uma nova vista ao pesquisador que pode observar o desdobramento firme e progressivo de doutrina nos dias iniciais da história da Igreja. O Livro de Mórmon nos proporcionou iluminação sem par com referência a muitos assuntos do evangelho, mas dá poucos detalhes a respeito de outros temas, tais como a existência pre-mortal, os graus de glória, casamento celestial, Sião, a lei de consagração e a organização dos quóruns do sacerdócio. Muitas dessas doutrinas foram reveladas ao Profeta à medida que ele traduzia a Bíblia. Vê-se que um dos propósitos da TJS era para servir de “professor” para Joseph Smith no sue aprendizado, pois quando o Senhor orendou que ele começasse a fazer a tradução do Novo Testamento, disse: “E agora, eis que vos digo que nada mais vos será dado saber concernente a este capítulo, até que o Novo Testamento seja traduzido; e nele todas estas coisas serão dadas a conhecer; portanto agora vos permito trauzi-lo, para que estejais preparados para as coisas que hão de vir” (D&C 45:60-61).

Não será difícil entendermos a contribuição doutrinária da TJS, se virmos as revelações de Joseph Smith em ordem cronológica. Os primeiros exemplares do Livro de Mórmon se tornaram disponíveis durante a semana de 26 de março de 1830. Dentro de poucos dias, no dia 6 de abril, a Igreja foi organizada. Poucas semanas depois, em junho de 1830, constatamos a primeira revelação concernente à TJS. Nós a conhecemos como o livro de Moisés, capítulo 1, da Pérola de Grande Valor. Ao compararmos a cronologia da Nova Tradução com a de Doutrina e Convênios, notamos que alguns conceitos foram apresentados à mente do Profeta durante a tradução da Bíblia na qual foram, de fato, primeiramente registrados. Mais tarde alguns destes assuntos foram elaborados e ilucidados por revelações subsequentes que hoje aparecem nas seções de Dourtina e Convênios. Poderíamos adquirir um entendimento mais completo, mais rico e mais claro da forma que a doutrina se desdobrava, se colocássemos as passagens reveladas do Novo Testamento na sua devida ordem cronológica entre as seções correspondentes de Doutrina e Convênios. Por exemplo, Moisés 1 da TJS ficaria logo antes da seção 25; Moisés 2-5 apareceria um pouco antes da seção 29; Moisés 6 logo antes da seção 35 e Moisés 7 apareceria antes da seção 37. Antes de termos acesso aos manuscritos originais da TJS, esta comparação era impossívle de ser feita, pois desconhecíamos as datas em que as revelações foram registradas nos manuscritos. A análise dos originais transforma nossa perspectiva.

O principal dos credenciais que proporcionavam ao Profeta Joseph Smith a autorização de traduzir a Bíblia era o fato dele ser chamado pelo Senhor para fazê-lo. Sua situação parece semelhante à de Néfi a quem o Senhor ordenou que construisse um navio. Néfi se sentia confiante que “se Deus me tivesse ordenado que fizesse todas as coisas, poderia fazê-las” (1 Néfi 17:50). Até 1830, quando Joseph Smith iniciou a tradução da Bíblia, ele já era um tradutor experiente devido a sua tradução do Livro de Mórmon. Ele disse que ele e Oliver Cowdery receberam ajuda específica do Espírito Santo para que as escrituras lhes fossem “abertas ao nosso entendimento e o verdadeiro significado e intenção de suas passagens mais misteriosas revelaram-se a nós de uma forma que jamais havíamos conseguido antes e que sequer imaginávamos” (Joseph Smith—História 1:74). Tal ajuda ultrapassaria até a maior habilidade linguística de tradução.

A Restauração de Verdades Doutrinárias

Dentro da Restauração do evangelho a Tradução de Joseph Smith ocupa um lugar junto do Livro de Mórmon, do livro de Doutrina e Convênios e do Livro de Abraão. Foi um dos meios de que o Senhor se ultilizou para revelar a plenitude do evangelho nos últimos dias. Muitas das doutrinas que nos destacam e nos separam do resto do cristianismo moderno se encontram nela, mesmo assim poucos Santos dos Últimos Dias apreciam sua contribuição para nossa fé. O que seguem são alguns dos assuntos sobre os quais a TJS revela verdades novas e significantes—verdades essas que em muitos casos não são reveladas em nenhum outro lugar e são desconhecidas na tradição cristã. Coletivamente, representam um alvorecer de luz doutrinal e são uma grande bênção e testemunho da Restauração.

  1. A natureza de Deus. A Tradução de Joseph Smith é mais uma testemunha sobre a natureza corpórea de Deus: Deus tem corpo. Mesmo que a Bíblia ensine esta mesmíssima doutrina (vide Gênesus 1:26–27; Êxodo 33:11; Deuteronômio 4:28; Atos 7:56), a tradição crisã tem obsurado este conhecimento ao ponto de muitos cristãos não o acreditarem hoje em dia. Mas a revelação da verdade sobre Deus, em termos certos e claros, na TJS estabelece a doutrina sem maiores dúvidas. Deus criou Adão “à imagem de seu próprio corpo” (Moisés 6:90). Deus tem um rosto que se pode ver (Êxodo 33:20). [3] Enoque viu o Senhor “e ele pôs-se perante minha face e conversou comigo, sim, como um homem fala com outro, face a face” (Moisés 7:4; vide também João 1:18 [4] ; 1 Timóteo 6:15–16; 1 João 4:12).
  2. A extenção da obra do Pai. A Tradução de Joseph Smith nos proporciona uma visão parcial da extensão da obra criativa do Pai Celestial, que na verdade não tem fim. Aprendemos que ele tem criado “mundos incontáveis” (Moisés 1:33)—mundos habitados como o nosso que estão percorrendo, ou já percorreram o ciclo da existência. As criações de Deus são incontáveis para nós, mas são conhecidas uma por uma por ele. Todavia, na sua sabedoria, ele só nos revela as coisas pertencentes a nossa própria terra (Moisés 1:35–36). Em toda a obra de Deus, em toda a sua expansão pelo tempo e pelo espaço, há um propósito primordial. Como Deus disse a Moisés, conforme consta na TJS: “Pois eis que esta é minha obra e minha glória: levar a efeito a imortalidade e vida eterna do homem (Moisés 1:39; vide também 1:33—39). Estas verdades foram reveladas em junho de 1830, bem no início da Restauração e antes das revelações posteriores de Doutrina e Convênios tratarem de temas semelhantes.
  3. A missão de Jesus Cristo. Por meio da Nova Tradução aprendemos muito a respeito de Cristo que não se encontra de forma muito clara na Bíblia. Aprendemos que Ele teve uma existência pré-mortal em que foi escolhido para levar a efeito o plano do Pai. Já naquele meio Ele se chamava o Unigênito do Pai. Lá Ele tinha grandes poderes e pôde expulsar do céu Satanás por cause da sua rebelião (Moisés 4:2–3). Também aprendemos que Ele foi Criador, não somente deste mundo, mas de todos os mundos incontáveis do Pai (Moisés 1:33). E ao longo do relato do Novo Testamento, a TJS acrescenta mais luz, entendimento e significado maior ao ministério mortal de Jesus e mais clareza a suas palavras. Também aumenta nosso conhecimento do propósito de sua missão (e.g., Versão Inspirada, Lucas 3:5). [5]
  4. O plano de salvação. O plano de felicidade do Senhor se revela na TJS em termos simples e claros, até nos trechos do Velho Testamento. Lemos a respeito da necessidade de fé, arrependimento, batismo e o recebimento do Espírito Santo. Aprendemos que Jesus Cristo é “o único nome que se dará debaixo do céu pelo qual virá a salvação aos filhos dos homens” (Moisés 6:52). Sabemos da natureza da expiação de Cristo e como ela nos redime tanto da transgressão de Adão como dos nossos próprios pecados individuais. E a tradução nos lembra que a redenção é “para todos os homens, por meio do sangue do Filho Unigênito” (Moisés 6:62).
  5. O caráter e motivação de Satanás. Em passagens escritas por revelação pelo Profeta que já não têm similar na Bíblia, a TJS nos dá uma visão clara das circunstâncias que levaram Santanás a sua condição decaída. Lemos nelas que ele se recusou a aceitar o plano do Pai para nossa felicidade e sim avançou suas próprias propostas egoistas: ele seria o filho de Deus, ele “redimiria toda a humanidade, para que nenhuma alma se perdesse ,” e, conforme o plano de Satanás, o Pai lhe daria toda a sua honra. Através da Nova Tradução, aprendemos que seu “plano” era mentira—uma promessa de campanha política que não seria cumprida. Ele se rebelou contra Deus e foi “expulso e mandado” à terra, levando muitos consigo. Aí ele estabeleceu o objetivo de “enganar e cegar os homens e levá-los ao cativeiro, impondo sua vontade, sim todos os que não derem ouvidos a minha voz [a voz de Deus]” (Moisés 4:1–4). Na TJS vemos a exposição mais clara do caráter de Satanás. Depois de tentar, sem sucesso, desviar Moisés, ele “bramou sobre a terra e mandou-o, dizendo: eu sou o unigêntio, adora-me.” [6] Quando isso não teve efeito, Satanás estremeceu, sacudindo a terra e “clamou com voz alta com choro e pranto e ranger de dentes” (Moisés 1:12. 19–22). Moisés gravou o relato destas coisas sobre Satanás e seus motivos, mas nada disso se encontra na Bíblia. Sem a Tradução de Joseph Smith, nosso conhecimento de Satanás e suas obras seria muito limitado.
  6. A Queda de Adão. A Nova Tradução revela algumas das informações mais importantes que possuímos sobre a Queda de Adão e Eva. Adão disse: “Bendito seja o nome de Deus, pois por causa da minha transgressão meus olhos estão abertos e nesta vida terei algeria; e novamente na carne verei a Deus.” Eva acrescentou: “Se não fosse por nossa transgressão, nunca teríamos tido descendência, nunca teríamos conhecido o bem e o mal e a alegria da nossa redenção e a vida eterna que Deus concede a todos os obedientes” (Moisés 5:10–11). O tom destas palavras importantes é diferente do que lemos hoje em dia na Bíblia e das crenças estabelecidas ao longo dos séculos por aqueles que moldaram a doutrina cristã do jeito em que chegou a nossos dias. Junto com o Livro de Mórmon, a TJS nos proporciona um entendimento da Queda que não é possível adquirir baseando-se exclusivamente na Bíblia.
  7. A antiquidade do evangelho. A TJS ensina, por meio de passagens não existentes na Bíblia, que o evangelho de Jesus Cristo foi revelado bem no início da história humana. Adão era cristão e foi batizado (Moisés 6:51–62, 64–66). Ele e Eva ensinaram o evangelho de Cristo a seus filhos (Moisés 5:9–12). Seus descendentes, tais como Enoque e Noé, acreditavam em Cristo, adoravam o Pai em nome do Filho e pregavam fé na sua expiação, arrependimento, batismo na semelhança de sua morte e ressurreição e a imposição das mãos para o dom do Espírito Santo (Moisés 7:10–11; 8:23–24). Abraão também era cristão, conhecia o plano de salvação e, como o próprio Salvador havia falado, regozijou-se em poder ver o dia da futura vinda de Jesus Cristo na carne (João 8:56; Versão Inspirada Gênesis 15:12). Moisés conhecia Cristo, compreendia o evangelho e sabia do papel de Cristo de Criador e Redentor (Moisés 1:6, 32–33; 4:1–3). Todos os profetas testificaram de Jesus (Mateus 4:18-19; Lucas 16:16-17). Que os antigos patriarcas eram cristãos é uma revelação assombrosa, pois se trata de uma verdade totalmente ausente da Bíblia. Porém faz sentido para aqueles que sabem que a salvação é somente em Cristo e que Deus não faz acepção de pessoas.
  8. Enoque e o estabelecimento de Sião. Em dezembro de 1830 Joseph Smith recebeu uma revelação expressiva sobre Enoque e seu povo enquanto ele e Sidney Rigdon estavam traduzindo trechos de Gênesis, capítulo 5. Em termos crononógicos, a revelação foi recebida depois da seção 35 de Doutrina e Convênios e antes da seção 37. Esta revelação, chamada na literatura SUD da época inicial da restauração “a Profecia de Enoque,” trata do ministério de Enoque, sua fé em Jesus Cristo, sua pregação do evangelho, sua cidade (a cidade que se chamava Sião), a retidão de seu povo, o fato de hão haver pobres entre eles, a retirada do povo para o céu e a declaração que eles voltariam à terra nos últimos dias para unirem-se à Nova Jerusalém, a qual se construiria na terra (Moisés 6-7). Estas informações acerca de Enoque contêm muitos itens de história e doutrina que são de interesse especial para os Santos dos Últimos Dias porque tratam da obra do Senhor em que nós estamos empenhados hoje em dia, ou seja, o estabelecimento da Sião dos últimos dias.

    Considerem a situação de Igreja em dezembro de 1830. O que se sabia a respeito de Enoque, ou da Nova Jerusalém, ou da cidade de Sião? A Bíblia não diz que Enoque tinha uma cidade, que seu povo se chamava “Sião” ou que haviam sido transladados. Tudo que há na Bíblia acerca de Enoque consiste em nove versículos (Gênesis 5:18-19, 21-24; Hebreus 11:5; Judas 1:14-15). O Livro de Mórmon tampouco ajuda neste caso, pois não há menção nenhuma referente ao assunto de Enoque. A Igreja de 1830 dependia inteiramente de revelação nova para saber de forma mais ampla a respeito de Enoque e seu povo. A introdução de tudo isso se deu em novembro e dezembro de 1830 enquanto o Profeta estava traduzindo o livro de Gênesis. Durante os próximos meses, depois que os relatos iniciais sobre Enoque foram revalados, é que as revelações de Doutrina e Convênios, seções 42-43, 45-51 e 57-59 (fevereiro-agosto de 1831) foram recebidas. A profecia de Enoque contida na Tradução de Joseph Smith foi um prelúdio maravilhoso e fundamento essencial para as revelações posteriores. Se quisermos obter uma perspectiva histórica correta de como o Senhor educou Joseph Smith a respeito de Sião, nós temos que ler primeiro as revelações que foram recebidas enquanto ele traduzia a Bíblia, pois foi justamente nesta ordem que ele recebeu tais conhecimentos.

  9. A doutrina de translação. A TJS revela, junto com os princípios de estabelecimento de Sião, a doutrina de translação—a remoção de pessoas santificadas da terra. O livro de Gênesis simplesmente menciona, sem explicação nem contexto, que Enoque “andou com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus para si o tomou” (Gênesus 5:24). A Nova Tradução mostra que isso foi o destino de uma sociedade toda que praticou os princípios de Sião ao longo de muitos anos: “E Enoque e todo o seu povo andavam com Deus e ele habitou no meio de Sião; e aconteceu que Sião já não existia, porque Deus a recebeu em seu próprio seio; e daí em diante se começou a dizer: SIÃO FUGIU” (Moisés 7:69; vide também 7:21, 27). Em outra geração, muito depois de Enoque, aprendemos somente atavés da TJS que outro grande líder também estabeleceu Sião e preparou seu povo para entrar na presença de Deus. Com fé e o poder do sacerdócio, Melquisedeque “praticou a retidão e obteve o céu; e procurou a cidade de Enoque, a qual Deus havia antes tomado, separando-a da Terra” (Versão Inspirada Gênesus 14:34; vide também V.I. Gênesis 14:26-36).
  10. Melquisedeque e seu sacerdócio. A TJS nos ensina certas coisas sobre o sacerdócio que não se pode aprender pela Bíblia nem de qualquer outra fonte antes da Restauração. Adão tinha a autoridade que hoje em dia chamamos o Sacerdócio de Melquisedeque (Moisés 6:67), que é “a ordem do Filho de Deus, cuja ordem era sem pai, sem mãe, sem descendência, não tendo princípio de dias nem fim de vida. E todos aqueles que são ordenados a esse sacerdócio são feitos semelhantes ao Filho de Deus, permanecendo sacerdotes para sempre” (Versão Inspirada, Hebreus 7:3). A Bíblia pouco diz a respeito deste grande sumo-sacerdote antigo, Melquisedeque. Refere-se brevemente a ele em Gênesis 14 e novamente em Hebreus capítulo 7. Em Salmos revela-se que o Messias é um sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque (Salmos 110:4), mas há poucos pormenores disponíveis na Bíblia de hoje sobre Melquisedeque e seu ministério. No Livro de Mórmon, em Alma 13:14-19 há um breve resumo do sucesso que Melquisedeque alcançou ao ensinar retidão. Supõe-se que estas informações foram gravadas nas placas de latão. em contraste disso, a TJS, em capítulo 14 de Gênesis, proporciona um relato bem amplo do ministério de Melquisedeque, mais do que se encontra em quaisquer outras fontes e descreve de forma incomparável os poderes do Sacerdócio de Melquisedeque. Naquelas passagens aprendemos que aqueles que têm o sacerdócio de Melquisedeque “terão poder, pela fé, para derribar montanhas, dividir os mares, secar as águas, desviá-las de seu curso; . . . permanecer na presença de Deus; fazer todas as coisas segundo a vontade dele, de acordo com suas ordens, subjugar principados e poderes; e isso pela vontade do Filho de Deus que existia desde antes da fundação do mundo” (Versão Inspirada Gênesis 14:30-31). A TJS também nos dá informações sobre a história do sacerdócio que simplesmente não existem na Bíblia. Podemos ler que quando Israel se rebelou nos tempos de Moisés, o Senhor decretou: “Tirarei de seu meio o sacerdócio; portanto minha santa ordem, assim como suas ordenanças, não irão adiante deles” (Versão Inspirada, Êxodo 34:1).

    Não é de se admirar que a Tradução de Joseph Smith restaura amplas informações sobre Enoque e Melquisedeque e novamente os coloca numa posição de preeminência nas escrituras. É significativo, sem dúvida, que ao iniciar a dispensação da plenitude dos tempos e da restauração de todas as coisas reouve material perdido sobre Enoque e Melquisedeque, pois Enoque havia estabelecido Sião e Melquisedeque foi o grande patriarca do sacerdócio maior e o Profeta precisava destas informações justamente para re-estabelecer Sião e restaurar o sacerdócio maior. Estes conhecimentos que existiam entre os antigos santos mas que não foram conservados na Bíblia nos foram revelados por meio da Nova Tradução de Joseph Smith.

  11. O destino da casa de Israel. A Tradução de Joseph Smith acrescenta entendimento único acerca da famíla de Abraão. A TJS restaura as palavras de Paulo em que ele disse que a mediação de Cristo como parte do novo convênio foi “escrita na lei concernente às promessas feitas a Abraão e sua semente.” A promessa que Deus fez com Abraão foi que Jesus seria “o Mediador da vida” (Versão Inspirada, Gálatas 3:20). A TJS restaura a profecia, não contida na Bíblia, em que o antigo Jacó predisse o destino dos descendentes de seu filho José. Ao descrever sua grande obra dos últimos dias de levar o evangelho ao restante de Israel, Jacó profetizou o seguinte: “Pois eis que serás uma luz para o meu povo, para libertá-los da escravidão nos dias de seu cativeiro; e para trazer-lhes salvação quando estiverem completamente curvados sob o pecado” (V.I. Gênesis 48:11). José, ao enxergar um futuro bem distante, previu o ministério de um “vidente escolhido” de sua linhagem que faria “uma obra” para seus irmãos de Israel: “E ele lhes levará ao conhecimento dos convênios” que Deus fez com seus pais. Ele estabeleceria a palavra do Senhor como também convenceria Israel da veracidade daquela porção de suas palavras que já tinha. Os registros de José e Judá seriam “unidos para confundir falsas doutrinas e apaziguar contendas e estabelecer paz entre o fruto de teus lombos, levando-os nos últimos dias a conhecerem seus pais e também meus convênios, diz o Senhor” (V.I., Gênesis 50:31; vide também V.I. Gênesis 50:26-31). O vidente escolhido para a casa de Israel nesta profecia, que é totalmente desconhecida na Bíblia, era Joseph Smith, através do qual este conhecimento foi restaurado à terra.
  12. O propósito do sacrifício animal. ATJS nos ensina que a orígem do sacrifício de animais se deu na primeira geração da história e que seu propósito era o de encaminhar os fieis a Cristo. Um anjo disse a Adão que era “à semelhança do sacrifício do Unigênito do Pai que é cheio de graça e de verdade” (Moisés 5:7). Este conhecimento restaurado deve fazer sentido para todos os cristãos e possibilitar que eles entendam melhor os ensinamentos de Paulo no Novo Testamento. Mas nenhuma destas palavras se encontra na Bíblia.
  13. A idade de responsabilidade. Em Doutrina e Convêncios, seção 68, versículos 25-28, revelada em novembro de 1831, a idade de resonsabilidade fixou-se ao completar oito anos, ou seja, a idade em que se deve efetuar o batismo. Trata-se do único versículo do livro de Doutrina e Convênios em que este princípio é mencionado, porém o batismo e o princípio da idade de responsabilidade se constam na TJS em Gênesis 17:1-11. As datas no manuscrito da TJS indicam que este capítulo de Gênesis foi gravado por volta de fevereiro ou março de 1831 e, portanto, foi recebido de oito a nove meses antes da revelação de Doutrina e Convênios. De fato, uma análise cuidadosa de Doutrina e Convênios 68:25-28 mostra que a declaração da idade de responsabilidade naquela ocasião não parece um primeiro anúncio e sim uma re-afirmação ou lembrete. Sem estas revelações modernas, não se compreenderia o princípio da idade de responsabilidade, da qual não se fala nada nas versões atuais da Sagrada Bíblia.
  14. A origem da lei de Moisés. A Nova Tradução nos proporciona uma revelação única sobre a lei de Moisés. Depois do incidente do bezerro de ouro, o Senhor retirou sua lei sagrada (“minha ordem sagrada e as ordenanças dela”) dos israelitas (Versão Inspirada, Êxodo 34:1), ou seja, “o convênio sempiterno do santo sacerdócio” (Versão Inspirada, Deuteronômio 10:2). No lugar da lei mais elevada e as bênçãos pertencentes a ela, instituiu-se a lei menor, a lei de Moisés. Consistia em “uma lei de um mandamento carnal, pois jurei na minha ira que não entrariam em minha presença, em meu descanso, nos dias de sua peregrinação” (V.I., Êxodo 34:2). Estes eventos históricos, importantíssimos para entender o significado da lei de Moisés, não se encontram na Bíblia.
  15. A Segunda Vinda de Jesus Cristo. A tradução do capítulo 24 de do livro de São Mateus do Novo Testamento (Joseph Smith-Mateus, publicado na Pérola de Grande Valor), um extrato da TJS, consiste em uma das grandes revelações concernentes aos últimos dias e à Segunda Vinda de Jesus. Sob inspiração, o Profeta reorganizou a estrutura de Mateus 24 e acrescentou alguns versículos novos, assim separando as profecias sobre Jerusalém e a Igreja Antiga (JS—Mateus 1:1-21) das que se referem aos últimos dias (JS—Mateus 1:21-55). Esta revisão inspirada, recebida na primavera de 1831, consegue fazer sentido deste capítulo bíblico tão complexo que, de outra maneira, não se compreenderia por completo. Também adiciona informações significantes às outras revelações a respeito dos últimos dias, previamente recebidas (D&C 29, setembro de 1830; D&C 45, março de 1831).
  16. Graus de glória. Ao traduzir o capítulo 5 do livro de João e ponderar o significado do versículo 29 com referência à ressurreição do justos e dos injustos, Joseph Smith e seu escrivão receberam uma visão dos graus de glória. Na própria revelação lemos esta explicação: “Pois enquanto trabalhávamos na tradução que o Senhor nos designara, chegamos ao vigésimo nono versículo do quinto capítulo de João, que nos foi dado como segue: Falando da ressurreição dos mortos, com referência aos que ouvirão a voz do Filho do Homem: e ressurgirão; os que fizerem o bem, na ressurreição do justos, e os que fizerem o mal, na ressurreição dos injustos. Ora, isso nos maravilhou, pois foi-nos dado pelo Espírito. E enquanto meditávamos sobre essas coisas, o Senhor tocou os olhos do nosso entendimento e eles se abriram; e a glória do Senhor cercou-nos de esplendor” (D&C 76:15-19). Esta revelação que desvenda coisas que somente foram mencionadas de forma superficial na Bíblia (João 5:29; 1 Coríntios 15:40-41), revelação esta que ensina a respeito de nossas possibilidades eternas, a seção 76 de Doutrina e Convênios, não foi registrada na Nova Tradução das Escrituras do Profeta, mas foi consequência direta do trabalho de tradução.
  17. Informações históricas. A Tradução de Joseph Smith acrescenta detalhes históricos à Bíblia que em alguns casos têm grande significado doutrinário. Revelaram-se novas informações a respeito dos seguintes indivíduos: Adão, Eva, Enoque e Melquizedeque (conforme citadas anteriormente), bem como Saul (1 Samuel 16:14–16), Davi (1 Reis 3:14; 11:14, 6, 33, 39), Solomão (1 Reis 3:1), Jesus (Mateus 2:23 [7] ; 4:1–9), os Doze Apóstolos (Mateus 6:25–27; Marcos 14:32 [8] ), e Judas (Marcos 14:10 [9] ).

Um Testamento de Jesus Cristo

Será a Tradução de Joseph Smith simplesmente um comentário de Joseph Smith acerca da Bíblia, ou será ela uma restauração de materiais perdidos? Posto que o papel da TJS é o de fonte primária da doutrina dos Santos dos Últimos Dias, conforme revelada por ordem do Senhor, parece haver fortes motivos para argumentar que a TJS se trata da restauração do significado e conteúdo doutrinário do que se perdeu da Bíblia. Quando Sidney Rigdon foi chamado para servir de escrivão para Joseph Smith no trabalho de tradução, o Senhor lhe disse: “Tu [escreverás] por ele; e as escrituras serão dadas tal qual se acham em meu próprio seio, para salvação de meus eleitos ” (D&C 35:20) Subentende-se que a Bíblia, da forma em que se encontrava naquela época, não estava no “próprio seio” de Deus. A Bíblia é o testemunho de Judá acerca de Deus e de Jesus Cristo. Não bastavam o Livro de Mórmon, Doutrina e Convênios e a Pérola de Grande Valor para restaurar as verdades doutrinais perdidas. Para fazer jús aos profetas bíblicos tornou-se preciso restaurar a própria Bíblia a seu poder original de testemunha de Jesus Cristo e seu evangelho. A Bíblia tinha de ser corrigida e a Tradução de Joseph Smith faz uma contribuição poderosa à restauração de suas verdades.

A relação impressionante citada acima de restaurações doutrinárias, junto com muitas outras semelhantes a elas, faz com que a Tradução de Joseph Smith nos restaura de fato as escrituras “tal como se acham no próprio seio [de Deus], para salvação de seus eleitos” (D&C 35:20). Mas estas não são as únicas bênçãos que nós recebemos através da Nova Tradução da Bíblia. Por meio das revelações no livro de Doutrina e Convênios que a acompanharam, a TJS se tornou ponto de partida para o recebimento de muitos conhecimentos revelados além da restauração de verdades bíblicas. Além disso, o esforço inspirado que produziu a Tradução de Joseph Smith também serviu de base para a educação doutrinária do próprio Profeta Joseph Smith. O conhecimento impressionante da Bíblia que o Profeta mostrava e que é muito evidente em seus sermões e escritos foi, em grande parte, fruto de seu trabalho de tradução da TJS. [10] Os grandes esforços do Profeta em produzir a Nova Tradução representavam um aspecto importante de seu aprendizado com referência às doutrinas do reino de Deus. Ele aprendeu bem a Bíblia, mas, o que é de mais importância, ele aprendeu melhor o que era o dom da profecia, a qual guiou seu trabalho de restauração das doutrinas do evangelho. Sem dúvida a Tradução de Joseph Smith verdadeiramente é uma grande evidência do ministério do Profeta que lhe foi designado pela divindade. Ainda mais, trata-se de um testamento de Jesus Cristo—outra testemunha de que Ele vive e que seu evangelho se oferece a todos como sendo o único meio de salvação para a família humana.

Notas

[1] Para muitas destas referências, vide Robert J. Matthews, “A Plainer Translation”: Joseph Smith’s Translation of the Bible—A History and commentary (Provo, Utah: Brigham Young University Press, 1975), 21-54.

[2] William E. Berrett, The Restored Church, 13th ed. (Salt Lake City: Deseret Book, 1965), 100.

[3] Referências bíblicas se referem às passagens bíblicas onde foram feitas as alterações da TJS. A não ser que haja um observação ao contrário, as referências são iguais, tanto para a Bíbia tradicional como para a Versão Inspirada publicada pela Comunidade de Cristo de Independence, Estado de Missouri. As referências precedidas por Versão Inspirada e V.I. indicam o capítulo e versículo(s) conforme designados na edição impressa da Versão Inspirada. A não ser que haja uma observação do contrário, as passagens citadas seguem o fraseamento conforme se encontra ou no Livro de Moisés da Pérola de Grand Valor, ou na Versão Inspirada.

[4] V.I. João 1:19.

[5] Para maior esclarecimento a respeito da contribuião da TJS ao nosso entendimento do ministério mortal de Jesus, vide Matthews, “A Greater Portrayal of the Master,” Ensign, March 1983, 6–13.

[6] VT2, página 2, ortografia e pontuação atualizadas conforme os padrões vigentes.

[7] V.I. Mateus 3:24–25.

[8] V.I. Marcos 14:36.

[9] V.I. Marcos 14:31.

[10] Vide a relação impressionante das escrituras citadas nos sermões de Joseph Smith como consta no livro The Words of Joseph Smith The Contemporary Accounts of the Nauvoo Discourses of the Prophet Joseph, ed. Andrew F. Ehat and Lyndon W. Cook (Provo, Utah: Religious Studies Center, Brigham Young University, 1980), 421-25. See also Joseph Smith’s Commentary on the Bible, comp. and ed. Kent P. Jackson (Salt Lake City: Deseret Book, 1994).